PDA & Moving Motivators: Um reforço para o seu trabalho com PDI

Kamilla Queiroz Xavier
GUMA-RS
Published in
8 min readDec 6, 2022

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Ser gestora, com um perfil e experiência técnica até certo ponto me garantiu um caminho ameno na aproximação e engajamento com os liderados, mas, como potencializar esse comprometimento e habitualmente possuir ferramental diversos se tornam a cada dia um estímulo.

Assim, o que narrarei a seguir, nasceu de um insight de como utilizar o modelo comportamental de cada indivíduo associado aos seus motivadores, de modo a fomentar e aumentar o comprometimento deste com seu próprio desenvolvimento.

Segue comigo?

De onde partimos?

Tal como já mencionado em outras oportunidades, venho há mais de um ano dedicando muito do meu tempo para desenvolver meios e formas de estimular a evolução de pessoas que de maneira formal ou não assumi um papel de liderança.

Uma vez que sou defensora da premissa “estimular interações e potencialização das organizações por meio dos indivíduos”, não seria diferente que além do esmero em prol das práticas de 1:1 (one-on-one) buscasse e encontrasse uma via de implementar abordagem que unisse tal pressuposto com a metodologia do Management 3.0 junto com o Assement do PDA.

E antes de ir efetivamente ao que interessa, preciso ressaltar que, parte da eficiência do que vou descrever, se deu por possuir proximidade com os liderados, poder ter construído ambiente seguro e de escuta ativa. Ainda lembrarei constantemente da necessidade e importância de um relacionamento de mútua confiança.

Atente ainda, que o que irei abordar a seguir, também é parte complementar aos trabalhos descritos em outros materiais disponíveis neste mesmo canal.

PDA

Personal Development Analysis — em português Análise de Desenvolvimento Pessoal, se trata uma metodologia que, por meio de testes, permite conhecer o perfil das pessoas e melhorar o processo de recursos humanos e gestão, avaliando as necessidades de cada cargo, sendo então fundamental para a gestão de pessoas. (fonte Blog Século XXI Minas)

Em outras palavras, é uma ferramenta que me possibilitou reconhecer o perfil comportamental de cada um dos indivíduos que lidero.

Digo reconhecer, pois a cada nova interação com esses, me era permitido entender sempre um pouco mais sobre suas ações e reações. Obviamente, que cabe dizer que as recorrentes trocas e diálogos viabilizaram as leituras prévias e por assim dizer, distinguir todos os perfis.

Moving Motivators

A dinâmica de Moving Motivators, do Jurgen Appelo, pai do Management 3.0 ajuda gestores a aprenderem mais sobre o que motiva seus membros de equipe. A ideia do Jurgen, ao criar o exercício, era dar uma ferramenta para refletir sobre a motivação individual e como ela é afetada pela mudança organizacional. (fonte Blog K21)

Da mesma forma, foi por meio dessa ferramenta que pude entender os motivadores existentes por trás de cada ser humano que interajo diariamente.

Neste ponto, exalto o fator humano mais uma vez, por entender o aspecto decisivo que o mesmo pode e tem nessa equação.

Condução & Alinhamentos

Assement do PDA

Todo o relacionado ao Assement do PDA foi possibilitado por meio de um alinhamento juntamente com a equipe de Pessoas do Sicredi, aqui de forma individual na pessoa da Jéssica Cappeletto, uma vez que já possuímos a ferramenta que aplica o teste.

Depois deste, como além de profissionais Sicredi, lidero profissionais de empresas parceiras que atendem nossas necessidades, também busquei com todos os gestores dessas organizações conformidade e apoio para o seguimento desta iniciativa.

Com essa concordância prévia, trouxe ao conhecimento dos profissionais o que estaria planejando, os meus motivos e como iriamos coordenar todo o processo. Nota pertinente, quanto a esse ponto, me inclui na execução deste teste e também na análise dos resultados.

Assim sendo, coletei todos os e-mails de cada um que participaria da ação e disparei os envios. Com todos eles realizados, eu e Jéssica retornamos para uma leitura inicial dos resultados, a fim de ancorar minhas interpretações e garantir uma precisa abordagem.

Munida deste pré-working, entendi o que de todo o consolidado do relatório do PDA, caberia para explorar junto à cada membro da equipe, escolhendo então as seguintes visões:

Gráfico Circular PDA
O Gráfico Circular traz uma visão acerca da dispersão grupal, essa distribuição permitiu identificar o estilo natural e espontâneo e em que grupo se percebe respostas às demandas do trabalho.

Partindo da imagem que usei para exemplificar, em linhas gerais, pude perceber um perfil fortemente baseado no grupo Normativo de Regras — que a nível de curiosidade, grupo esse foi o que apresentou a maior incidência com essa equipe de profissionais de qualidade de software.

Gráfico Comportamental de Radar
O Gráfico Comportamental de Radar por sua vez apresenta a perspectiva associada ao grau de compatibilidade com as competências afiliada a cada grupo.

Novamente, utilizando a imagem como exemplo, identifiquei quais competência se destacam no grupo de Normas, ressaltando então as que apresentam maior amplitude, que são “Excelência Técnica”, “Pensamento Analítico” e “Atenção Focada”. Que para o perfil analisado vão exatamente de encontro com as características com maior grau de evidência.

Visões Complementares
Considerei para a escolha destes a conjectura de serem complementares, haja vista que um especializa a leitura inicial da outra. E é factível já adiantar que na exploração junto aos sujeitos essa condução facilitou a compreensão e concordância. Pois o autorreconhecimento faz parte e é indispensável em todo o exercício.

Dinâmica Moving Motivators

Após fechamento de todo o associado ao PDA, dei início à execução da Dinâmica de Moving Motivators, que optei por uma abordagem simplificada, disponibilizando área para esse fim específico no Miro.

Além disso, realizei alinhamento sobre como deveria ser efetuada a atividade e qual seria o prazo para conclusão da mesma.

Seguindo com o uso de exemplos, identifiquei META, HONRA, RELAÇÃO, CURIOSIDADE e ACEITAÇÃO como os cinco motivadores de maior relevância, onde posteriormente serão utilizados como plano de fundo.

Cruzando Abordagens

Preparativos

Após a efetivação e coleta dos resultados das abordagens, se fez necessário materializar de forma visual o consolidado para que o mesmo pudesse ser exposto aos participantes.

Seguindo prática proposta, alicercei a visão em áreas individuais no Miro, de forma a facilitar a leitura e assegurar que fosse feita cadenciadamente.

Nessa montagem didática tomei o cuidado de expor as informações para que as quais, sejam de fácil memorização. Destaco e identifico os eixos, dou evidência às competências com maior expressividade e disponibilizo informações sobre estas, bem como, exteriorizo quais são vistas como oportunidades de atuação para ampliar o perfil natural. Quanto aos cartões de Moving Motivators, apenas realizado a disponibilização. Não menos importante, oportunizo e deixo propositalmente como âncora para o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) Provocações associadas as possibilidades nas competências e Oportunidade que fazem referência aos direcionadores da organização.

Praticando

Assim, partindo do Gráfico Circular, ilustro os eixos que compõem o mesmo e dou o devido destaque aquele que por si só se destaca por ser o grupo que evidencia o comportamento natural.

Seguindo pelo Gráfico Comportamental de Radar, destacando as competências com maior amplitude e faço correlação ao que percebo nas oportunidades de contato. Do mesmo modo, com aquelas competências que apresentam menor amplitude, que podem potencializar o perfil natural

Antes de seguir, abro espaço para compreender o quanto o contexto exposto gera algum reconhecimento ou estranheza. E exploro com base no retorno nessa evidenciação.

Para o fechamento parcial com os cartões dos Moving Motivators, sugestiono um recorte que englobe os cinco de maior relevância. E provoco mais uma breve reflexão sobre o que se refere cada um e como isso reflete no entendimento.

Conectando com o PDI

Ainda em tempo, é relevante pontuar que a tentativa de conectar o contexto referido com um eventual Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é obtido por meio de uma experimentação e não necessariamente um associação natural ou simples de ser feito, mas ainda assim, possível.

Dito isso, seguindo o exemplo escolhido, eis que:

Identifico como oportunidades de atuação em prol das competências de menor amplitude INFLUÊNCIA, INICIATIVA e AUTONOMIA.

E tendo como motivadores META, HONRA, RELAÇÃO, CURIOSIDADE e ACEITAÇÃO

Considerando ainda prontamente as oportunidades listadas.

Foi possível findar com a congruência acerca do objetivo escolhido e associado ao PDI.

Consolidando

A consolidação ao final da agenda é a coroação dessa construção. E ela se faz necessária a fim de garantir que os entendimentos estão corretamente compartilhados e também que a construção é colaborativa.

Mantendo o exemplo analisado dispomos o conseguinte:

  • Objetivo acordado: Ampliar automação de serviços com Kafka — apoiando na automação do serviço de Open Banking;
  • Provocações oriundas do PDA: Iniciativa, autonomia e influência;
  • Motivadores associados: Meta, Honra, Relação, Curiosidade e Aceitação;

Usando as provocações e motivadores como impulsionadores, temos a oportunidade de ampliar a excelência técnica e o impacto da atuação deste profissional.

Em uma leitura complementar, podemos ainda explorar o objetivo, que passa a ter papel de apoio em busca de obtenção potência nos tocantes associados à iniciativa e autonomia que esse profissional poderá usufruir para o seu dia a dia.

Resumindo, contamos com uma boa diversidade de abordagem para viabilizar e agregar importância em propor tal aliança.

Considerações Finais

Há quase dois anos atrás, descrevia uma experimentação inicial para uma abordagem diferenciada para as práticas de One-on-One(1:1), o sentimento daquele momento em linhas gerais se repete hoje.

Descrever uma alternativa, conseguir ilustrar mais uma opção para viabilizar que as atividades de acompanhamento, liderança e gestão de pessoas se torne ainda mais empática e humanizada. Tentar trazer a luz de um insight e os seus respectivos por quês, aclarar a abordagem, explanar o caminho e compartilhar os aprendizados.

O retratado ainda é um experimento inicial, não consolidei resultados e tampouco sua eficácia, porém, me proporcionou solidificar a compreensão e entendimento que eu já detinha das leituras que fiz de cada pessoa que lidero.

Compartilhar isso atrelado à um trabalho científico, confirma que o olhar aguçado e apurado no fator humano além de aproximar e tomar mais potente a troca entre líder e liderado e como isso engajar. Então, daqui à noventa dias, teremos no mínimo aprendizados novos que serão partilhados. E eu?

Eu terei a confirmação do impacto positivo que posso trazer no cotidiano de cada pessoa que pude parear. E fica o compromisso de dividir os resultados alcançados.

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Kamilla Queiroz Xavier
GUMA-RS

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